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Uso de Antipsicóticos em Idosos: Novo Estudo Reforça a Importância da Descontinuação Após Alta Hospitalar
Um estudo publicado recentemente no JAMA Psychiatry (maio/2025) reforça a necessidade de repensarmos o uso prolongado de antipsicóticos em idosos após internações hospitalares.
Pesquisadores da Harvard Medical School analisaram dados de mais de 27 mil idosos (média de 81 anos) que iniciaram antipsicóticos por quadro de delirium durante hospitalização e os acompanharam após a alta. O estudo comparou os desfechos clínicos entre os que descontinuaram o uso do antipsicótico após a alta e aqueles que mantiveram a medicação.
Os resultados foram expressivos:
- Redução de 11% no risco de reinternação (HR 0,89).
- Redução de 13% no risco de delirium em nova internação (HR 0,87).
- Redução de 23% no risco de quedas com necessidade de atendimento (HR 0,77).
- Redução de 21% no risco de infecção urinária com hospitalização (HR 0,79).
- Redução de 23% na mortalidade por todas as causas (HR 0,77).
Esses achados foram consistentes mesmo entre pacientes com demência, e se mantiveram mesmo após análises de sensibilidade estatística, o que reforça a robustez dos dados.
Por que isso importa?
Apesar de úteis em contextos agudos, como o delirium hiperativo, os antipsicóticos não são isentos de riscos, especialmente em idosos. Seu uso prolongado pode aumentar a vulnerabilidade a eventos adversos como quedas, infecções, piora cognitiva e até morte.
Conclusão prática:
O estudo reforça uma mensagem essencial: avaliar constantemente a necessidade de continuidade dos antipsicóticos após a alta hospitalar é uma prática segura, eficaz e que pode salvar vidas. Sempre que possível, o uso deve ser por curta duração e com plano de descontinuação bem definido.
Se você é cuidador, familiar ou profissional de saúde que acompanha pacientes idosos, converse com a equipe médica sobre o plano terapêutico após a alta. Repensar a continuidade dessas medicações pode ser um passo decisivo para garantir mais segurança e qualidade de vida aos pacientes.
